A quando da eleição do presidente Lula, uma das suas primeiras medidas foi a da chamada “Fome Zero”.Naturalmente que o projecto seria bom e, embora não fosse possível do pé para a mão irradicar a fome, pelo menos tentava-se reduzir ao máximo a desgraça de alguém não ter que comer. Aplaudimos a medida e, hoje, porque fomos ao baú das nossas recordações, encontrámos uma poesia que brincava com essa acertada medida. Não sabemos, hoje, porque deixou de se falar no assunto, se ainda está de pé esse processo, se deu ou não resultado, ou se não passou de mais uma daquelas medidas demagógicas que os políticos tanto gostam de mandar cá para fora com o único objectivo da caça ao voto. Mas sem pôr em causa a medida e porque também vimos alguns brasileiros fazerem chacota dela aqui vai a nossa poesia. (sem ofensa, entenda-se, antes pelo contrário, com muito respeito por essa causa)
O Presidente Lula
acaba de ser eleito,
muita gente ficou fula,
mas o povo satisfeito.
Agora vão por diante
suas leis, eu cá espero,
a que é mais importante
chamada de "Fome Zero".
Se s'acaba com a fome
todo o mundo s'arrelampa,
como o Brasil todo come,
são toneladas de trampa!
O negócio que vai a dar
é de alimentação,
da carne ao caviar,
da batata até ao pão.
Venda de peixe é baril,
mas o peixe cheira a fénico,
inda vou para o Brasil
vender papel higiénico!
Lula é um bom homem,
a ver se não o estragam.
S' os “brazucas” muito comem,
muito comem, muito cagam!
Mas já reza muita gente,
fazem preces os devotos,
pedindo que s'aguente
toda a rede de esgotos!
Se não resulta assevero,
que haverá grande perda,
e, assim, a "Fome Zero"
inda vai dar muita merda!!!